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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
O alerta dos surtos
O ano de 2013 está chegando ao fim. Foi mais um ano de luta pela erradicação da poliomielite no mundo. É hora de refletir e renovar as forças em prol deste nosso objetivo maior. Lideramos este desafio com a Organização Mundial da Saúde, Unicef, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Fundação Bill e Melinda Gates e governos mundiais, contando com o apoio de muitas outras pessoas e organizações. A poliomielite é uma doença causada por um vírus membro do gênero Enterovirus, da família Picornaviridae, conhecido como poliovírus, e subdivide-se em três sorotipos: 1, 2 e 3. É uma moléstia altamente contagiosa, e afeta principalmente crianças abaixo dos 5 anos de idade. O agente é transmitido através de alimentos e água contaminados, e se multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso.
As primeiras vitórias. Em 1991, ocorria o último caso de vírus selvagem da pólio nas Américas. Em 1994, o hemisfério ocidental era declarado livre da paralisia infantil. Em 1995, em apenas uma semana, rotarianos, agentes da saúde e voluntários imunizaram 165 milhões de crianças na China e na Índia. O Rotary lançava o programa Parceiros Polio Plus, permitindo que rotarianos de países livres da doença pudessem dar apoio financeiro a países endêmicos para campanhas de vacinação e outras atividades relacionadas ao combate à doença. Em 1996, o número de nações declaradas livres da pólio aumentou para 150. A incidência da paralisia infantil tornava-se 85% menor do que em 1988. Em 1997, o último caso da doença ocorria na região do Pacífico Ocidental.
Em 2011, o Rotary lançava a campanha de conscientização pública Falta Só Isto. As contribuições do Rotary à iniciativa ultrapassaram US$ 1 bilhão. Em 2012, a Índia não registrou casos de paralisia infantil por um ano inteiro e foi retirada da lista de países endêmicos. A doença passou a existir em apenas três países. E o Rotary ultrapassava a meta de arrecadação de US$ 200 milhões mais de cinco meses antes do planejado.
Ao término do primeiro ano do Plano Estratégico de Erradicação da Pólio 2013/2018, como estamos? O plano constitui-se numa estratégia abrangente e de longo prazo, que aborda o que é necessário para entregar um mundo livre da pólio em 2018. O plano foi desenvolvido pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (Gpei), em consulta com governos, iniciativas globais de saúde, cientistas, doadores e outros interessados em resposta a uma diretiva da Organização Mundial da Saúde.
O ano de 2012 foi bom na história da erradicação da poliomielite. A incidência global da poliomielite havia atingido o ponto mais baixo de todos os tempos, com apenas 223 casos – contra 650 no ano anterior, e 350 mil quando o programa Polio Plus começou, em 1988. O progresso em 2013 foi bem menos positivo.
Vamos continuar fazendo a nossa parte, angariando fundos, defendendo a causa e sensibilizando líderes para nos apoiar nos avanços e desafios contra a poliomielite. O assunto precisa continuar em nossa pauta até que o nosso objetivo seja atingido.
José Carlos Carvalho e Celso Alves coordenadores regionais da Fundação Rotária para as Zonas Rotárias 22A e 23A, e para a Zona 22B
Fonte: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/rotary/o-alerta-dos-surtos-1.761384
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