Intercâmbio de Jovens

Com 12 filhos, o casal Laborde decidiu receber em sua casa, em Los Mochis (México), Julia Mullikin, norte-americana participante do Intercâmbio de Jovens. “Ela foi uma bênção para nós”, diz Maria Victoria Hallal de Laborde, que tinha 18 anos quando Julia chegou, em 1973.

Como muitos intercambistas, ela mantém laços fortes com a família anfitriã, tanto que, quando uma das irmãs hospedeiras foi diagnosticada com doença fatal e rara, Julia enviou à família os remédios necessários, não vendidos no México. “Meu irmão ligou para a Julia, e ela conseguiu o remédio imediatamente”, conta Maria. A irmã viveu mais 30 anos. Julia – hoje associada do Rotary Club de Kankakee (Estados Unidos) – diz que continuou retribuindo à comunidade que a recebeu. Ela organizou projetos financiados por subsídios que deram materiais escolares e equipamentos médicos à cidade.

Dar aos jovens a oportunidade de descobrir novas culturas e ampliar seus conhecimentos sobre o mundo são os principais benefícios do Intercâmbio de Jovens. No entanto, os clubes ainda têm dificuldade de encontrar famílias dispostas a abrir suas casas para esses jovens.

Uma recente discussão no LinkedIn gerou as seguintes dicas para os clubes encontrarem hospedeiras: 1. Peça aos pais de ex-participantes do Intercâmbio para hospedarem um estudante do exterior, pois eles sabem da importância de famílias responsáveis para receber esses convidados especiais. 2. Escolas, igrejas e ligas esportivas ou grupos artísticos podem ser ótimos recursos para encontrar anfitriões. 3. Tenha ao menos três famílias para se revezarem na hospedagem do estudante. 4. Peça aos associados do clube para receberem o estudante durante passeios curtos, para que a família anfitriã tenha uma folga, e o jovem respire novos ares. 5.

Convide anfitriões em potencial para eventos organizados para estudantes. 6. Colabore com um clube vizinho para encontrar famílias dispostas a receber o estudante. 7. Um forte sistema de apoio a anfitriões e estudantes é a chave de um ano de sucesso.

Saiba mais sobre o papel do conselheiro no “Manual do Intercâmbio de Jovens”.

Fonte: Rotary News (Maureen Vaught) e O Tempo: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/rotary/interc%C3%A2mbio-de-jovens-1.923429

Capacitação de jovens

A história do Rotary com os jovens começou por volta de 1920, quando muitos clubes participaram de um evento internacional chamado Boys' Week (Semana dos Meninos). O primeiro evento foi realizado em maio de 1920 pelo Rotary Club de New York e outras organizações locais, sendo parte de um esforço para promover o desenvolvimento dos jovens na área de educação, cidadania, saúde e higiene, e vocação.

Os associados do clube de New York comentaram sobre o sucesso do evento na Convenção do Rotary International de 1920, esperando que ele se tornasse parte do programa Boys' Week, estabelecido pelo Rotary vários anos antes. O programa incentivava Rotary Clubs a trabalharem com outros órgãos comunitários e instituições para combater a delinquência juvenil, evasão escolar e saúde física precária, visando formar bons cidadãos.

Os Boys' Week se espalharam pelo mundo. Em meados de 1920, estava acontecendo em cerca de 60 locais, em 25 países. Em 1928, o número de cidades participantes havia aumentado para cerca de 3.000. O público-alvo também cresceu rapidamente. Em 1924, meninas desfilaram em um carro alegórico patrocinado pelo Rotary Club de Vicksburg, Mississipi, no desfile Loyalty Day (Dia da Lealdade), realizado simultaneamente à Boys' Week.

No fim de 1920, os Estados Unidos estabeleceram uma comissão nacional Boys' Week, da qual o Rotary fazia parte. Em 1934, o evento ficou conhecido como Youth Week (Semana da Juventude) e em 1936, como Boys and Girls' Week (Semana dos Meninos e das Meninas). Em 1956, o conselho diretor votou por descontinuar o patrocínio do Rotary para o evento, mas incentivou os clubes a continuarem patrocinando iniciativas locais.

Nas décadas seguintes, o Rotary criou outros programas para os jovens, como Interact, Rotaract e Intercâmbio de Jovens. Em 2010, os Serviços à Juventude se tornaram a quinta Avenida de Serviços. Os rotarianos reconhecem a mudança positiva trazida pelos jovens por meio do incentivo a atividades de desenvolvimento de qualidades de líder, engajamento comunitário, realização de projetos internacionais e programas de intercâmbio.

*Fonte:  Rotary News e O Tempo: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/rotary/capacita%C3%A7%C3%A3o-de-jovens-1.919724

Mundo Rotário Brasileiro

O XXXVII Instituto Rotário do Brasil foi realizado na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, entre os dias 4 e 6 de setembro deste ano. Instituto Rotário – assim passou a se chamar, a partir de 1º de Julho de 1996, o Instituto Zonal –  é uma reunião de instrução, motivação e companheirismo para governadores atuais, entrantes e passados, bem como para outros administradores do RI de certos distritos que formam uma ou várias zonas.

A iniciativa visa oferecer aos participantes informações atualizadas sobre os programas de Rotary e da Fundação Rotária, no sentido de mantê-los sempre atualizados, além de colaborar para o melhoramento e fortalecimento do movimento rotário.  

São objetivos dos Institutos Rotários: 

- Manter informados os administradores atuais e anteriores com relação às normas e programas do RI e da Fundação Rotária;

- Promover o apoio a essas normas e programas e, ao mesmo tempo, obter sugestões de inovações e melhoramentos;

- Informar ao Conselho Diretor do RI sobre programas de êxito em nível zonal, cujo contínuo desenvolvimento poderia ser levado em consideração pelo mesmo;

- Inspirar, motivar e informar aos governadores para que sejam melhores líderes;

- Criar um ambiente propício à aprendizagem e à realização de debates que inspirem os participantes e fomente um espírito de equipe entre os mesmos.  Além disso, um representante da Fundação Rotária do Rotary International também participa do evento, de maneira que os administradores em exercício, anteriores e futuros também sejam munidos de informações. 

GETS. O Seminário de Treinamento de Governadores Eleitos (Gets) é realizado conjuntamente com o Instituto Rotário, sendo convocado pelo diretor de Rotary International. A presença dos governadores eleitos a esse seminário é obrigatória. Nos Gets são abordados os seguintes temas:  atribuições e responsabilidades do Governador de Distrito; desenvolvimento e gerenciamento das organizacionais funcionais para o distrito; sustentação e crescimento da base de sócios do Rotary; desenvolvimento de líderes; a Fundação Rotária; requisitos do RI para a administração do distrito; assembleia internacional RI; e outros assuntos relacionados com a administração do distrito.

Fonte: http://www.rotaryint.com

Vamos iluminar

“Se os responsáveis pelo mundo são todos adultos, e o mundo está assim, será que não deveríamos prestar mais atenção nos jovens?” (Mario Benedetti)

Na Cidade Universitária de Madri, há uma obra da escultora Anna Hyatt Huntington composta por figuras em alumínio e intitulada “Os Portadores da Tocha”, que representa a civilização e os valores humanos que a sustentam. A cena mostra um ancião, vencido pela idade, entregando o objeto a um jovem. Este a pega, decidido, do alto de seu cavalo, que galopa rumo ao futuro.

O significado dessa obra aplica-se também ao Rotary, porque os valores que defendemos são transmitidos de geração em geração aos jovens com o propósito de fazer permanecer o legado do Rotary ao longo do tempo.

Como nós, rotarianos, servimos aos jovens? Por meio de atividades de desenvolvimento de liderança, tais como Rotaract, Interact, Prêmios Rotários de Liderança Juvenil e Intercâmbio de Jovens do Rotary, que lhes abrem espaços para o desenvolvimento de valores sobre os quais construirão suas vidas, estimulando-os para que sejam líderes positivos, em favor de uma sociedade justa e solidária.
Fazemos isso servindo como mentores para reforçar a vocação, o profissionalismo e a liderança, oferecendo bolsas de estudo, organizando projetos que os mantenham engajados e os beneficiem, reconhecendo o resultado de destaque dos jovens da comunidade e realizando seminários que enfatizem a importância da cidadania e do crescimento pessoal.

No entanto, devemos lembrar que a nossa tarefa mais importante é fazer com que cada rotariano seja um exemplo para a juventude, tanto em nossa vida pessoal, familiar e profissional, quanto na pública. É nosso papel, também, mostrar um comportamento digno de ser seguido por aqueles que serão nossos sucessores, para que eles, vivendo em um mundo de gigantescos desafios, sejam os autênticos construtores da sociedade de amanhã – e os portadores da tocha do Rotary.

Celia Giay
Diretora 2013-15 e vice-presidente do Rotary International

Fonte: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/rotary/vamos-iluminar-1.912307

O farol do Rotary

Podemos afirmar sem medo de errar que a nossa Fundação Rotária é o farol que ilumina o servir rotário. E a chama que dá luz a este farol é a solidariedade.

Ao incentivarmos ou fazermos despertar nos rotarianos, e naqueles que por nós são influenciados, o valor da solidariedade, estamos acendendo no mais íntimo do seu ser a chama do amor ao próximo. Esta chama que dá origem a projetos que atendem as necessidades mais prementes da comunidade a que servimos. Estes projetos que, por sua vez, têm o dom de, como o próprio nome expressa, projetar a verdadeira imagem pública da nossa organização.

Os projetos alavancados pelos subsídios da Fundação Rotária potencializam o serviço prestado e exemplificam nossa ação. Assim como os conhecimentos adquiridos são a luz que guia a civilização, os projetos produzidos pela solidariedade globalizada pela Fundação Rotária são a luz que guia o servir rotário.

A solidariedade, diferentemente da caridade, não é dirigida no sentido de quem tem mais para quem tem menos. Ela tem o sentido da compreensão que iguala e nos faz aprender com nosso semelhante e respeitá-lo, restaurando a sua dignidade. A solidariedade é um traço de caráter e os rotarianos a têm de sobra no seu mister de cidadania responsável. Ao desenvolvê-la em sua plenitude entendemos que não devemos esperar nada em troca. Pois nesta vida aprendemos que sempre estamos precisando de alguém e há alguém precisando de nós.

Nos dias de hoje, há cada vez mais a necessidade de lideranças protagonistas no Rotary comprometidas e aptas a motivar os outros.

As atribuições mais evidentes dessas lideranças são e devem ser:

- A prática da ética e o desenvolvimento de confiança mútua, abominando a corrupção como uma escolha consciente em direção ao bem comum;

- A promoção da educação para o acesso ao conhecimento, que já é uma das nossas áreas de foco para os projetos na nova estrutura de subsídios;

- A promoção da saúde como aspiração concretizada, com foco na área materno-infantil, na mitigação das doenças e na nossa mais alta prioridade, que é a erradicação da poliomielite;

- A promoção da paz e da resolução de conflitos, quer seja pela formação das várias centenas de bolsistas pró-paz, quer seja por meio de uma verdadeira promoção de mudanças culturais, modificando a nossa própria atitude ante a violência e desenvolvendo uma cultura da paz;

- O desenvolvimento de projetos significativos, de forma inovadora, enriquecedora e útil para as comunidades em que atuam cada um dos nossos clubes;

- O desenvolvimento e o crescimento como pedra angular da propagação da solidariedade, pois quanto mais cidadãos responsáveis conseguirmos motivar – seja conclamando-os a se juntarem a nós ou a se emparceirarem conosco –, maior será a nossa capacidade de servir e fazer a diferença, deixando um legado;

- A amplificação da nossa capacidade de comunicar e construir uma confiança no que fazemos, nos valores e princípios que praticamos, interconectando-nos mais com a comunidade.

Meditemos sobre estes pontos para que, de forma mais completa, exerçamos esta liderança necessária e competente que é esperada de nós. Isso para que possamos afirmar, por meio das ações realizadas com o apoio da nossa Fundação Rotária, que ela é o farol que ilumina o servir do Rotary. Pois o coração dos rotarianos só deve ser maior que a sua competência em servir.

* O autor é Antonio Hallage, diretor 2009-11 do Rotary International, curador da Fundação Rotária, membro gestor da ABTRF e associado ao Rotary Club de Curitiba-Leste, PR (distrito 4730).

Serviços à juventude

Como a maioria de vocês sabem, a nossa organização irá fazer 109 anos de existência em fevereiro próximo. E são poucas as instituições no mundo que perduram por todo esse tempo. Muitos de vocês também devem lembrar que, no ano rotário 2009-2010, o presidente do Rotary International, John Kenny, já dizia em seu lema que “o futuro do Rotary está em suas mãos”.

Setembro é o mês dedicado às novas gerações, ou aos serviços à juventude. Muito bem. E o que temos que fazer no mês de setembro?

Temos que buscar a inovação solicitada. Com a renovação do quadro associativo de nossos clubes, eis que a grande maioria deles está com uma média de idade bastante elevada. E como fazemos isso? Certamente nos aproximando dos jovens, mostrando a eles o que nós fazemos, quem somos, por que associar-se à nossa organização e assim garantir o futuro do Rotary.

Mas aí vocês perguntam: onde estão esses jovens, quem são eles, como fazer para que se interessem pelos ideais rotários? O ideal é focar nosso direcionamento nas pessoas com idades entre 30 e 35 anos, pois são aquelas que normalmente já saíram das faculdades e estão buscando seus espaços dentro de suas profissões. Podemos mostrar a eles que o Rotary é formado por profissionais das mais diversas atividades e que fazer parte dessa rede com certeza proporciona um excelente networking, além de enriquecer seus próprios currículos, pois o fato de se engajar em voluntariado é visto com bons olhos nos processos de recrutamento das empresas.
Clube forte, dinâmico e atuante é aquele que tem em seu quadro associativo uma diversidade de profissões, de etnias, de sexos, de faixas etárias e uma grande representatividade das lideranças da cidade.

Para você, meu caro companheiro, vamos pedir para que faça o que tem que ser feito neste ano rotário para contribuir com seu clube na diversidade do quadro associativo. Traga alguém que ainda não esteja representado em seu clube. Traga um jovem e o Rotary permanecerá por mais 109 anos.

Abraçá-os, fraternalmente.
Wellington Noboru Hoshino
Governador 2013-2014
Distrito 4.620

FONTE: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/rotary/servi%C3%A7os-%C3%A0-juventude-1.908803