segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ser rotariano é participar


Estamos em um ano eleitoral, momento em que cada cidadão tem papel fundamental na transformação e construção do nosso país. Se de um lado todos parecem estar sem esperanças e desanimados com o rumo da política no Brasil, além de não acreditarem em nossos representantes, por outro temos a obrigação de tentar descobrir e apoiar aqueles (mesmo que poucos) que realmente se esforçam para melhorar a coletividade.

O Rotary tem como princípio não defender nenhum partido ou religião, pois uma organização do tamanho da nossa não deve se limitar a defender um lado, visto que sua principal proposta é o respeito às diferenças e culturas. Este princípio deve nortear nossas ações, sem nos impedir de nos manifestarmos politicamente.

Os rotarianos têm como filosofia a “Prova Quádrupla”, na qual se pede que nos questionemos diariamente se o que nós pensamos, dizemos ou fazemos é verdade, é justo e será benéfico para os interessados, além de criar boa vontade e melhores amizades. Se temos como princípios a ética e a verdade, temos que tomar partido. Não digo que os Rotary Clubs devam escolher um partido ou um político, pois este não é o objetivo e iria contra a proposta do Rotary International. Mas digo que cada rotariano, como um líder comunitário, tem o dever de buscar informações, conhecer propostas, procurar os “fichas-limpas”, os bem intencionados e aqueles mais bem preparados.

Quando nos permitimos pequenas corrupções ou aderimos ao “jeitinho brasileiro” para resolver alguma situação, como falsificar carteirinha, mentir e furar fila, estamos infringindo a nossa ética, muitas vezes até sem perceber. E quando deixamos de votar ou acompanhar o que acontece na política, estamos sendo omissos com nosso país e nossa comunidade.

Já nos acostumamos a ver todos os dias nos jornais a corrupção e os muitos problemas no nosso sistema político. Não adianta simplesmente reclamar e, com um discurso vazio, colocar todos os políticos em um mesmo cesto de maçãs podres. Além de não ajudar em nada, isto seria injusto com aqueles poucos que estão tentando virar a mesa e fazer uma política séria. Mas muito pior do que isto, é que estaríamos ajudando os desonestos, acobertados pelo jargão “são todos iguais”.

Você se lembra em qual político votou nas últimas eleições? Você sabe quantos vereadores sua cidade tem? Conhece algum deles, nem que seja pelo nome? Você já participou de alguma audiência pública, acompanhou algum projeto de lei, levou alguma demanda da sua região para ser resolvida ou acompanhou o que seus representantes têm feito? Se sua resposta é não para a maioria destas perguntas talvez você não esteja fazendo a sua parte

O ditado popular de que “é o olho do dono que engorda o gado” pode ser transportado para essa esfera. É o olhar do povo, de perto, que fará a nossa política engrandecer positivamente. Se não nos interessarmos, seria como se um empresário contratasse seus empregados e os largasse lá, sem nenhum acompanhamento. Boa coisa não sairia dessa empresa. É o que acontece quando simplesmente elegemos nossos representantes (ou nem votamos) e viramos as costas para eles, deixando que façam o que quiserem.

Por isso, convido todos os rotarianos para que se envolvam com a política agora, aproveitando o ano eleitoral. Se envolver é simples: basta procurar conhecer o que alguns candidatos têm feito, escolher com seriedade aqueles que merecem sua confiança, acompanhar e ajudar a disseminar a ética e a verdade.

É nosso dever como líderes rotários. É nosso dever como cidadãos.

3 comentários:

  1. Parabéns, gostei muito de ter lido o artigo.

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  2. Agora mais do que nunca o Brasil precisa de cidadaos conscientes afim de conscientizar os menos esclarecidos.

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