Estamos
em um ano eleitoral, momento em que cada cidadão tem papel fundamental na transformação
e construção do nosso país. Se de um lado todos parecem estar sem esperanças e
desanimados com o rumo da política no Brasil, além de não acreditarem em nossos
representantes, por outro temos a obrigação de tentar descobrir e apoiar aqueles
(mesmo que poucos) que realmente se esforçam para melhorar a coletividade.
O
Rotary tem como princípio não defender nenhum partido ou religião, pois uma
organização do tamanho da nossa não deve se limitar a defender um lado, visto
que sua principal proposta é o respeito às diferenças e culturas. Este
princípio deve nortear nossas ações, sem nos impedir de nos manifestarmos politicamente.
Os
rotarianos têm como filosofia a “Prova Quádrupla”, na qual se pede que nos
questionemos diariamente se o que nós pensamos, dizemos ou fazemos é verdade, é
justo e será benéfico para os interessados, além de criar boa vontade e
melhores amizades. Se temos como princípios a ética e a verdade, temos que
tomar partido. Não digo que os Rotary Clubs devam escolher um partido ou um
político, pois este não é o objetivo e iria contra a proposta do Rotary
International. Mas digo que cada rotariano, como um líder comunitário, tem o
dever de buscar informações, conhecer propostas, procurar os “fichas-limpas”, os
bem intencionados e aqueles mais bem preparados.
Quando
nos permitimos pequenas corrupções ou aderimos ao “jeitinho brasileiro” para
resolver alguma situação, como falsificar
carteirinha, mentir e furar fila, estamos infringindo a nossa ética, muitas
vezes até sem perceber. E quando deixamos de votar ou acompanhar o que acontece
na política, estamos sendo omissos com nosso país e nossa comunidade.
Já nos acostumamos a ver todos os dias nos jornais a corrupção
e os muitos problemas no nosso sistema político. Não adianta simplesmente
reclamar e, com um discurso vazio, colocar todos os políticos em um mesmo cesto
de maçãs podres. Além de não ajudar em nada, isto seria injusto com aqueles
poucos que estão tentando virar a mesa e fazer uma política séria. Mas muito
pior do que isto, é que estaríamos ajudando os desonestos, acobertados pelo
jargão “são todos iguais”.
Você se lembra em qual político votou nas últimas eleições?
Você sabe quantos vereadores sua cidade tem? Conhece algum deles, nem que seja
pelo nome? Você já participou de alguma audiência pública, acompanhou algum
projeto de lei, levou alguma demanda da sua região para ser resolvida ou acompanhou
o que seus representantes têm feito? Se sua resposta é não para a maioria destas
perguntas talvez você não esteja fazendo a sua parte
O ditado popular de que “é o olho do dono que engorda o gado”
pode ser transportado para essa esfera. É o olhar do povo, de perto, que fará a
nossa política engrandecer positivamente. Se não nos interessarmos, seria como se
um empresário contratasse seus empregados e os largasse lá, sem nenhum
acompanhamento. Boa coisa não sairia dessa empresa. É o que acontece quando simplesmente
elegemos nossos representantes (ou nem votamos) e viramos as costas para eles,
deixando que façam o que quiserem.
Por isso, convido todos os rotarianos para que se envolvam
com a política agora, aproveitando o ano eleitoral. Se envolver é simples:
basta procurar conhecer o que alguns candidatos têm feito, escolher com
seriedade aqueles que merecem sua confiança, acompanhar e ajudar a disseminar a
ética e a verdade.
Parabéns, gostei muito de ter lido o artigo.
ResponderExcluirMuito bacana o artigo Luisa!
ResponderExcluirAgora mais do que nunca o Brasil precisa de cidadaos conscientes afim de conscientizar os menos esclarecidos.
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